segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Tondela a trepar na...

SERRA da ESTRELA

Em dia de Canyoning cancelado, fui com o Rafa escalar ao encontro do compadre Marco e companhias.

Eles já tinham decidido começar o dia na face SUL, em estilo de aquecimento.
O Francisco e o Miguel escolheram trepar na Helena, por sua vez o Marco, com a Isabel e o Filipe assediaram a Érika.

Para nós sobravam a Lucrécia, um pouco difícil para nós ou a Via Nascente!

A escolha seria entre uma um pouco difícil ou outra sobre a qual pouco ou nada sabíamos!!!
Apenas que era uma via antiga e muito suja, com um início num fissura de bom aspecto e aparentemente acessível!

Metêmo-nos então à aventura, entre ervas e fissuras e escalamos uns 250m de via, ao longo dos quais vimos muito poucos sinais de presença humana!

No final, um pouco por engano, mas também muito por teimosia, pensamos ter aberto uma secção nova e interessante na parede. Eis a descrição da tentativa de repetição da via Nascente, com graus meramente indicativos:
L1, 50m (V) - fissura recta, suja, mas de boa protecção
L2, 60m (IV) - no início apanhamos vestígios de magnésio da cordada que tinha ido à Helena, mas logo derivamos para direita até acabar a corda. Estavamos próximos da 3ª reunião da Érika.
L3, 40m (V) - aberto pelo Rafa, comum à Érika, excepto ao longo de alguns metros que fomos pela esquerda, enquanto a Érika contornava uma tecto pela direita.
L4, 15m (6a) - diedro técnico e de rara protecção, comum à Érika.
L5, 50m (IV) - aberto pelo Rafa, início em caminhada pelo canal, alguns passos de trepada até cómodo patamar, por baixo dos 2 últimos da Helena.
L6, 20m (6a+?) - não encontramos a saída da via e entrei por uma placa de bom aspecto, auto protecção possível em fissuras, mas com muitos, muitos likens. Fui escalando em livre até aos últimos 5 metros, onde descansei a cada ponto que metia, mas fiz os passos todos em livre. Alcançado o patamar encontrei um velho pitão, que me fez sentir de novo na via.
L7, 15m, (IV) - poderia ser na sequência do anterior, mas eu estava exausto e sem material.

Pormenor do largo 6, possível abertura nossa!

Fica a descrição e a esperança de lá voltar para limpar um pouco a via!

PS - enquanto isso a malta do NEA assediou o nosso Caramulinho onde as vias são mais limpas, mas nem por isso mais fáceis!!!

Tondela a Trepar

4 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns pela escalada e obrigado pelo topo detalhado. Para completar os croquis da Serra como deve ser realmente fazem falta alguns croquis detalhados, como as vias da face leste do Cântaro, por exemplo. O teu topo vem dar uma ajuda nesse trabalho.

E, se resolveres voltar à via para a escovar, aí fica mais uma grande clássica para repetir... sem comer muito musgo! Senão... olha, o musgo também faz parte da aventura de se escalar na Estrela.

Paulo Roxo

Nelson Cunha disse...

Realmente, se a via for minimamente limpa, acaba por ser uma boa opção para realizar uma via longa e mais acessível naquela face.
Toda ela é de fácil protecção e fácil progressão. Mas depois de conhecer a via não faria as reuniões onde eexactamente onde fizemos.
É mais um itinerário em aberto!

Sapa Mor disse...

as vias no caramulinho não são nada fáceis... e então no domingo estavam especialmente dificeis. looool

mas foi uma tarde bem passada. :)

Anónimo disse...

Ainda bem!
Esse é o espírito ;)
Até breve
Nelson